quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Longe de ser necessidade, mas hoje eu queria minha mãe aqui só pra me mimar

Longe de ser necessidade, mas hoje eu queria minha mãe aqui só pra me mimar.

Como sabem essa noite dormi pouco. Fiquei por aqui e cedo tinha a perícia do INSS. Lá esperei pouco pela moça do cadastro, uma simpática cearense com sotaque de Brasília, e muito para ser atendida por uma moça que acredito ser médica. Nada disse o contrário mas ela nem se apresentou. Pediu meus documentos, exames e laudos, perguntou minha história e só. Nem 10 minutos e meu relato médico resumido no computador. Afastamento até agosto de 2015. Se precisar mais tempo, marcar outra perícia 15 dias antes do fim do afastamento.

Vim pra casa e descansei. Pernas para cima.

O dia todo com o estômago incomodando um pouco. De manhã comi uns morangos meio passados, senti na hora, mas era tarde. DICA: SOMENTE LAVE MORANGOS NA HORA EM QUE FOR COMER. Do contrário eles cozinham. Eu sei disso mas aqui na casa da vó é tudo diferente do que eu faço em minha casa... Ah que saudade de casa... Saudade dos cuidados da Elisângela que deixava minha casa limpinha e do meu jeito! Saudades de mimos de mãe, que não é exatamente do meu jeito mas como é mimo é muito melhor.

Eu sei que sou uma pessoa muito exigente, metódica e neurótica. A maior parte de nós é, acredito. Mas estou mesmo sentindo falta da minha independência. Como sou co-dependente, filha de adicto, nunca pude (até agora) depender das pessoas para fazer as coisas. Sempre fui aprendendo a fazer por mim e sem esperar nada. No meio disso, a compulsão alimentar completava os espaços de infelicidade, vazio e o que mais fosse.

Resultado: hoje estou dependendo de pessoas para muita coisa. Não tenho tido possibilidade de cuidar de mim como eu gostaria, comprar e preparar minhas comidas, lavar minhas roupas, arrumar minha casa. Isso tudo parece tão banal mas é tão importante pra mim.
Se eu quero mudar meus móveis de lugar, eu mudo. Pode demorar um pouco, suar um tanto, mas eu mudo. Hoje não consigo arrastar a mesa de cabeceira para o outro lado do quarto se eu quiser, pois além de estar fraca, preciso poupar meus braços pra manobra de me levantar do vaso sanitário. Aqui o vaso é baixo e o banheiro é pequeno, não tem espaço para barras ou uma cadeira para eu apoiar. 

Então o esforço é nos braços e costas, apoiando como dá no balcão e no topo da caixa de descarga. A cena é um balé! Acontece que está começando a ficar dolorido o cotovelo do braço direito. As costas eu nem falo, porque depois de ter feito punções para retirada de liquor (no hospital, por causa da meningite), nunca mais parou de doer.Sempre algum incômodo na lombar. Alivia com as massagens, mas volta com o esforço.

Ah e o aspécto morar sozinha versus estar numa casa com um monte de gente? Hoje eram 4 além de mim. Empregada, faxineira, vó e tio. Mais nossos 4 cães.

Eu passei boa parte do tempo no quarto com a porta fechada, com os meus cães junto. Isso para não atrapalhar o trabalho das meninas, que toda hora tem que espantar um deles que está passando deixando marcas de patas no chão recém limpo.

Pés para cima. A posição é boa por um tempo, mas cansa também. Estou tão inchada que sentar de pernas cruzadas não é possível. Dói. Vou colocar a foto do meu pé e perna... Dá até pra ver poros na perna, Ainda bem que vou parar com o corticóide e isso vai sair. Até lá muito líquido, drenagem e pernas pra cima.

Ah, mas falta aquele aconchego de mãe.... A comidinha e o cuidado pós medicação. O mimo. Me arrependi de ter pedido para ela não vir.

Pois é, fui eu que pedi. Eu sei que com os mimos eu amoleço nos meus esforços e deixo por conta dela. E não posso hoje fazer isso pra não correr o risco de enfraquecer nem mais um pouco. Ou vou ter que fazer xixi em pé!

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